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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
O ASSEMBLEIANO: Campanha de Oração na AD em Nova Cruz-RN
O ASSEMBLEIANO: Campanha de Oração na AD em Nova Cruz-RN: Org.: Pr. Flávio Epifânio
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EDIVINA ESPINOLA FERNANDES
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A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO
Texto Áureo: Fp. 4.13 – Leitura Bíblica: Fp4.10-13
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito da reciprocidade enquanto característica do amor cristão. Somente aqueles que amam são capazes de agir pelo outro sem interesse próprio. Essa é justamente uma marca do genuíno amor cristão – agape – que se mostra desinteressado. No início da aula abordaremos o papel do contentamento para a expressão do amor-agape, em seguida, a atuação do amor que a igreja deve ter pelos obreiros, ao final, destacaremos a relevância do amor do obreiro pela igreja.
1. AMOR FUNDAMENTADO NO CONTENTAMENTO
Somente pode amar aqueles que aprenderam a estar contentes, isto é, que não dependem das circunstâncias para ter alegria. Consoante ao que estudamos na aula anterior, aqueles que desfrutam da paz de Deus, pode exercitar o amor-agape. É sempre importante destacar que o amor cristão exige ação. Deus amou o mundo de uma maneira extraordinária e deu Seu Filho para a salvação dos pecadores (Jo. 3.16). De igual modo, aqueles que amam a Deus devem demonstrá-lo, tanto amando a Ele, quanto ao próximo (Mt. 22.34-40). Se Jesus demonstrou o Seu amor para conosco, entregando a Sua vida na cruz do calvário, devemos fazer o mesmo pelos nossos irmãos (I Jo. 3.16). O amor cristão exige desprendimento, ou seja, disposição para abrir mão do que tem em prol dos outros (I Co. 13). Vivemos em uma sociedade extremamente individualista. O capitalismo selvagem está lançando as pessoas cada vez mais para longe uma das outras. O consumismo também faz com que as pessoas queiram sempre mais. Por causa disso, as pessoas não querem abrir mão do que possuem para satisfazer ao necessitado. Essa doença está adentrando até mesmo as igrejas evangélicas. Tais atitudes são totalmente contrárias àquelas dos crentes de Jerusalém do primeiro século, que eram sensíveis às carências uns dos outros (At. 4.34-37). Paulo não sofria dessa enfermidade espiritual, antes de qualquer coisa, aprendeu a estar contente, independentemente das situações (Fp. 4.12). Por isso, tanto sabia ter fartura quanto padecer necessidade, nada o tirava do centro, que é Cristo. Ele é Aquele que o fortalecia, mesmo na prisão em Roma, e passando por momentos de privações (Fp. 4.13). Há líderes evangélicos que citam esse texto indevidamente, sem atentar para o contexto, eles ficam apenas com o “tudo posso naquele que me fortalece”. No contexto, Paulo mostra que tanto podia viver em fartura quanto em necessidade. É bom saber viver a partir da porção acostumada, como disse o sábio judeu (Pv. 30.7-10).
2. AMOR DA IGREJA PELO OBREIRO DO SENHOR
A obra de Deus precisa de reciprocidade, sem essa, todo trabalho será realizado com dificuldade. Essa verdade se aplica principalmente ao contexto missionário, em relação àqueles que estão em outros países. Os crentes devem ser motivados a contribuírem com generosidade para a manutenção do trabalho missionário. Os que entregam suas ofertas, com alegria, partilharão do galardão daqueles que estão além fronteiras (I Sm. 30.24). Havia uma relação de reciprocidade entre a igreja de Filipos e Paulo, esse envolvimento não era apenas financeiro, mas também afetivo. Toda igreja pode contribuir bastante enviando ofertas, mas não pode esquecer-se da responsabilidade relacional. Não é fácil o missionário deixar sua terra, ir para outra cultura, enfrentar a hostilidade dos povos. Os crentes filipenses, além de enviar auxílio financeiros para Paulo (Fp. 4.10,17), também proveram sustento espiritual nas tribulações (Fp. 4.14). Aquele ato de entrega foi uma demonstração nítida de amor cristão, não apenas um encargo eclesiástico. A igreja de Filipos tinha um lugar especial no coração do Apóstolo. Era uma igreja compromissada com o ministério de Paulo, fiel e assumidamente missionária (Fp. 4.15). Os escândalos do movimento gospel não podem ser motivo para deixarmos de contribuir com as obras reconhecidamente evangélicas. Os obreiros que se dedicam com denodo à obra do Senhor devem ser recompensados, pois digno é o obreiro do seu salário (I Tm. 5.17,18). O obreiro, por sua vez, deve ser grato pela manifestação de amor da igreja. Não apenas o agradecimento é necessário, também a transparência em relação ao uso dos recursos financeiros enviados. Paulo sempre foi cuidadoso a esse respeito, tinha uma preocupação ética em relação à arrecadação e a condução das ofertas para as igrejas (II Co. 8.19-21). A diminuição na contribuição em várias igrejas, além do apego exagerado as coisas materiais, tem a ver com a falta de zelo dos obreiros no uso dos recursos arrecadados.
3. AMOR DO OBREIRO DO SENHOR PELA IGREJA
O obreiro do Senhor deve demonstrar gratidão à igreja pela entrega dos recursos financeiros, bem como pelo cuidado espiritual (Fp. 4.10). Ao mesmo tempo, deve ter equilíbrio espiritual para não fiar sua segurança em bens materiais. Paulo advertiu ao jovem pastor Timóteo para que esse tivesse cuidado com o amor as riquezas (I Tm. 6.10). Muitos obreiros estão decaindo no ministério por causa do seu apego ao dinheiro. A motivação principal para o ministério pastoral nunca deve ser o acúmulo de bens. Essa é uma deturpação do movimento evangélico desses últimos tempos. Evidentemente isso não quer dizer que a igreja deve ser irresponsável em relação aos cuidados básicos dos seus obreiros. Muito pelo contrário, aqueles que se dedicam à Palavra de Deus, que são exímios ministradores, que presidem bem, devem ser recompensados (I Tm. 5.17). Mas, esses, por sua vez, não podem depositar sua fé no dinheiro, sua principal preocupação deve ser a aprovação do seu trabalho pelo Senhor (I Tm. 2.15). Como Paulo, o obreiro do Senhor deve mostrar a igreja que sabe está contente, independentemente da situação (Fp. 4.11). Evidentemente o Apóstolo precisou aprender, por isso afirmou: “em todas as coisas, estou instruído”. Os crentes que colocam a sua segurança em bens materiais ainda não aprenderam a confiar totalmente em Deus. Isso é resultado de maturidade cristã, e às vezes, de experiências frustrantes. O crescimento toma tempo, e em determinadas situações, é intensamente doloroso. Nem todos podem afirmar com Paulo “posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Um obreiro para chegar a essa condição precisa ter aprendido a amar a igreja que pastoreia acima de qualquer coisa. Cada vez mais temos menos obreiros aprovados nesse sentido, o materialismo está extinguindo os obreiros realmente compromissados com a Palavra. O amor ao dinheiro, que é a raiz de todos os males, está arrefecendo o cuidado dos obreiros pela igreja do Senhor.
CONCLUSÃO
Que Deus desperte crentes amorosos, compromissados com a Palavra, dispostos a mostrarem reciprocidade em amor. Que as mazelas do materialismo, transformado em avareza, não solape a fé dos cristãos (Hb. 13.5,6). Que não venhamos a ser consumidos pela preocupação com os bens materiais (Mt. 6.25-35). Que o amor ao dinheiro nunca venha a nos distanciar das pessoas. Que nossa relação ministerial nunca esteja baseada em valores, mas na disposição de se sacrificar pela igreja do Senhor.
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. Philippians. Michigan: BakerBooks, 2000.
WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook, 2008.
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EDIVINA ESPINOLA FERNANDES
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