quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Descrição: Bíblia Manuscrita2Olá, Edivina Espinola Fernandes:

A Bíblia Manuscrita do Estado do Rio Grande do Norte já pode ser consultada na Internet


Lançado em 2008, o projeto Bíblia Manuscrita, da SBB, lançou um grande desafio aos brasileiros: Copiar todo o conteúdo das Escrituras Sagradas à mão, com o objetivo de produzir um exemplar completo por estado, além de um do Distrito Federal. Milhares de pessoas aceitaram a tarefa e relembraram a tradição secular, quando as Escrituras eram preservadas e transmitidas graças ao trabalho dos copistas. O resultado dessa empreitada pode ser conferido no site www.bibliamanuscrita.org.br

Alí, estão disponibilizadas, em formato digital, as nove primeiras edições concluídas: de Mato Grosso, Alagoas, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Rio Grande do Sul. Além dos arquivos, podem ser consultadas as relações dos copistas modernos que participaram da edição.

1. A Bíblia pode ser consultada página por página. Basta acessar o link http://www.bibliamanuscrita.org.br/interna.asp?pg=copistas e clicar em RN no mapa do Brasil.
2. A Bíblia está distribuída em 8 volumes.
3. Todas as Fichas de Copistas encaminhadas à SBB foram digitadas e é possível consultar os copistas no link http://www.bibliamanuscrita.org.br/interna.asp?pg=copistas_rn
4. Pode acontecer de algum copista não constar nesta lista. Nesse caso, é só nos informar por e-mail ou telefone o nome do copista, sua cidade e o texto bíblico copiado, que nós faremos a inclusão no site da Bíblia Manuscrita.

Relembre a tradição de ler a Bíblia por meio de cópias manuscritas, consultando o site do projeto. Sem dúvida, uma experiência diferente e edificante.

DÍZIMOS E OFERTAS
Texto Áureo: II Co. 9.7 – Leitura Bíblica: Ml. 3.10, 11; II Co. 9.6-8

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
Existe fundamento bíblico para o ensinamento dos dízimos e ofertas. Mas a Teologia da Ganância distorceu de tal modo essa doutrina que se faz necessário esclarecê-la a fim de evitar alguns abusos. Na aula de hoje estudaremos a respeito dos dízimos e ofertas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e, ao final, avaliaremos a aplicação dessa prática para a igreja, atentando para as orientações bíblicas.

1. DÍZIMOS E OFERTAS NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento existem diferentes palavras que se referem a dízimo. Asar – dez ou décima parte – se encontra em Gn. 28.22; Dt. 14.22; 26.12; I Sm. 8.15,17; Ne. 10.37,38. Maaser – também significa décima parte – pode ser encontrada em Gn. 14.20; Lv. 27.30-32; Nm. 18.24, 26; Dt. 12.6,11,17. A análise histórica do termo e da prática remete a um costume antigo, anterior à cultura judaica, muito antes da lei mosaica (Gn. 14.17-20). Nesse texto, nos deparamos com Abrãao apresentando a décima parte dos despojos de guerra a Melquisedeque. Posteriormente, Jacó faz um voto ao Senhor, pedindo que o abençoe, e, em retorno, promete entregar o dízimo de tudo o que viesse a possuir (Gn. 28.20-22). No tempo da Lei, colheitas, frutas e animais do rebanho deveriam ser dizimados (Lv. 27.30-32). Os dízimos eram entregues aos levitas (Nm. 18.21), esses gerenciavam os recursos (Lv. 14.22-27), beneficiando também os estrangeiros, órfãos e viúvas (Lv. 14.28,29). Os dízimos deveriam ser conduzidos a Jerusalém (Dt. 12.5-17). Em algumas ocasiões o povo judeu deixou de atentar para essa prática, como após o cativeiro, deixando de levar os dízimos à casa do tesouro, por isso, o Senhor conclama o povo a retornar a esse aspecto do Pacto, fazendo prova dEle, que responderia com bênçãos de prosperidade agrícola, e repreendendo o devorador (Ml. 3.10,11). As ofertas tinham um caráter mais específico no Antigo Testamento, poderiam ser requisitadas, com vistas a algum serviço (Ex. 36.4-6). Mesmo assim, ninguém era obrigado a trazê-las, pois se tratava de atitudes voluntárias - nadabah em hebraico (Lv. 7.1; Ed. 1.1-6; 7.16). As ofertas de paz - neder em hebraico - eram entregues como agradecimento por algum feito do Senhor (Lv. 7.11-12), bem como a dos votos – neder em hebraico (I Sm. 1.11,24).

2. DÍZIMOS E OFERTAS NO NOVO TESTAMENTO
Os defensores da Teologia da Ganância impõem, através de passagens isoladas do Antigo Testamento, que o dízimo deva ser obrigatório e que as pessoas devam dar muito mais do que isso, mesmo contra as suas possibilidades, para tanto, citam Lc. 21.1-4. No Novo Testamento o dízimo, dekatóo (Hb. 7.6,9), - apodekatóo – Mt. 23.23; Lc. 11.42; Hb. 7.5) em grego, não é um mandamento, mas um princípio a ser observado, já que cada um deve dar de acordo com sua prosperidade (I Co. 6.1,2). O voto pessoal de Jacó, que se encontra em Gn. 28.20-22 não pode ser generalizado, muito menos aplicado diretamente à igreja. No Novo Testamento a lei maior é a da generosidade, pautada pelo amor (Rm. 13.8). Os dízimos e ofertas devem ser entregues não como barganha ou mandamento, mas com amor, sobretudo em gratidão pela providência de Deus. Dar com alegria é um critério fundamental (II Co. 9.6,7), para tanto é preciso exercitar a liberalidade (I Co. 16.2), reconhecendo que não passamos de mordomos e que Deus é o dono de todas as coisas (I Co. 4.1,2). A partir dessa percepção bíblica, não é errado dizimar, tendo em vista que esse é um princípio orientado pelo Senhor, antes da Lei (Gn. 14.20), na Lei (Lv. 27.30), nos livros históricos (Ne. 12.44), poéticos (Pv. 3.9,10) e proféticos (Ml. 3.8-11). Lembremos que Jesus não se opôs à observância dos dízimos dos fariseus, mas sua mera exterioridade, sem levar em conta a justiça, misericórdia, fé e amor (Mt. 23.23; Lc. 11.32) Não precisamos mais fazer prova de Deus hoje, pois Ele já provou Seu amor para conosco (Rm. 5.8), por isso, em gratidão, devemos levar nossos dízimos e ofertas à igreja, certos de que ceifaremos bênçãos para a eternidade (II Co. 9.6; Lc. 6.38)

3. DÍZIMOS E OFERTAS NA IGREJA DE HOJE
A Teologia da Ganância tem deturpado a doutrina bíblica dos dízimos e ofertas. Seus mentores, interessados em fazer fortuna com o dinheiro dos fiéis, estão incentivando a barganha, utilizando indevidamente passagens bíblicas para justificarem a ostentação. Alguns deles não pedem apenas os dízimos, mas que as pessoas entreguem tudo o que têm, se aproveitando da ignorância das pessoas. Diferentemente do que esses propõem, a igreja deve instruir aos irmãos a serem generosos, a trazerem os dízimos e ofertas ao Senhor, não por medo de serem amaldiçoados ou rotulando de ladrões aqueles que não o fazem, mas a o fazerem com alegria e gratidão ao Senhor, reconhecendo Sua providência. Em uma sociedade que colocou o dinheiro acima de todos os valores, governada por Mamom (Mt. 6.24), muitos crentes se deixaram contaminar pela ideia de acumularem o máximo que podem. O maior investimento, no entanto, não é a bolsa de valores, mas o Reino de Deus, ganhando almas para Cristo (Lc. 16.9) e suprindo as necessidades dos domésticos na fé (Gl. 6.10). Os líderes da igreja precisam dar exemplo na administração dos dízimos e ofertas para não acontecer como nos tempos de Neemias (Ne. 12.1-5) e para servir de estímulo à contribuição (Ne. 12.44). Investir em pessoas, não apenas em coisas, deve ser o alvo primordial de toda igreja séria. De nada adianta ter templos vultosos, enquanto a maioria dos fiéis padecem necessidade. A igreja de Jerusalém nos deu exemplo ao demonstrar sensibilidade em relação aos mais pobres (At. 2.42). Os crentes também precisam estar atentar às carências pastorais, lembrando sempre que digno é o obreiro do seu salário (Mt. 10.10; Lc. 10.7; I Co. 9.7-14; I Tm. 5.17,18).

CONCLUSÃO
A doutrina dos dízimos e ofertas precisa ser sabiamente aplicada na igreja, evitando extremos, de um lado daqueles que se opõem totalmente a essa prática, do outro, os que extorquem os fiéis. O ensinamento sobre os dízimos e ofertas deve ser orientado à luz das Escrituras, sem coerção, avaliando os contextos das passagens do Antigo e do Novo Testamento. As aplicações devem considerar o principio bíblico da gratidão, que resulta em generosidade e liberalidade.

BIBLIOGRAFIA
KELLY, R. E. Should the church teach tithing? New York: WCP, 2000.
LIMA, P. C. Dizimista, eu? Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

AS SETE CARTAS DO APOCALIPSE: LIÇÕES BÍBLICAS CPAD PARA O 2º TRIMESTRE/2012


IMAGEM: BLOG DA CASA DA BÍBLIA

Já temos as informações sobre o tema das Lições Bíblicas Jovens e Adultos do 2º trimestre/2012, que é “As Sete Cartas do Apocalipse: A Mensagem Final de Cristo à Igreja”.
O comentárista é o pastor Claudionor de Andrade.
Os temas semanais são:
Lição 1 – Apocalipse, a Revelação de Jesus Cristo;
Lição 2 – A Visão de Cristo Glorificado;
Lição 3 – Éfeso, a Igreja do Amor Esquecido;
Lição 4 – Esmirna, a Igreja Confessante e Mártir;
Lição 5 – Pérgamo, a Igreja Casada com o Mundo;
Lição 6 – Tiatira, a Igreja Tolerante;
Lição 7 – “Sardes, a Igreja Morta”;
Lição 8 – Filadélfia, a Igreja do Amor Perfeito;
Lição 9 – Laodiceia, uma Igreja Morna;
Lição 10 – O Governo do Anticristo;
Lição 11 – O Evangelho do Reino no Império do Mal;
Lição 12 – O Juízo Final;
Lição 13 – A Formosa Jerusalém.

Sugestões Bibliográficas:

- ANDRADE, Claudionor. Os sete castiçais de ouro. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
- KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
- LAWSON, Steven J. As sete igrejas do apocalipse: o alerta final de Cristo para seu povo. 5. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
- PENTECOST, J. D. Manual de Escatologia: uma análise detalhada dos eventos futuros. Estados Unidos: Vida, 1998.
- SILVA, Severino Pedro. Apocalipse: versículo por versículo. 11. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
Fonte: Blog do Pr. Altair Germano