Os perigos dos novos livros didáticos adotados pelo governo.
O livro didático, também conhecido como compêndio ou livro de texto, é o principal conteúdo de ensino de uma determinada disciplina ou unidade de instrução. Ele é considerado o material pedagógico mais tradicional e o mais utilizado em todos os tipos de escola.
O texto de um livro didático tem o objetivo de sintetizar um assunto dentro de determinada área do conhecimento, adaptando-se sempre ao nível de compreensão dos alunos que vão utilizá-lo.
A despeito de o governo preocupar-se com a qualidade material desse tipo de livro, a relevância de seu conteúdo e a adequação de sua linguagem, muitos professores e técnicos da educação o criticam severamente sob vários aspectos. Há, por exemplo, os que afirmam ser ele capaz de aprisionar alunos e professores, estimulando-os ao conformismo, à ausência da imaginação e da reflexão. Esses críticos costumam também apontar certas distorções de textos em relação à realidade dos alunos e aos preconceitos que veiculam. Além disso, há falta de qualidade pedagógica intrínseca, porque o conhecimento muitas vezes é apresentado de forma compartimentalizada. Em suma, afirmam que “os livros didáticos são vazios de informação e reprodutores de uma prática autoritária, que induzem apenas à memorização, servindo mais aos interesses políticos e comerciais do que aos objetivos didático-educacionais (vide recente e famigerada distribuição do livro de História Projeto Araribá para o Ensino Fundamental – acusado de propaganda esquerdista).
Apesar de considerar a maior parte dessas críticas reais e pertinenstes, o que mais me preocupa são os conteúdos nitidamente aversos às questões éticas e morais esposadas na Bíblia Sagrada. Nós, educadores cristãos, devemos estar atentos! Não podemos transigir com absolutamente nada que não coadune com a Palavra de Deus. Devemos expor, explicar e proclamar com coragem todo o decreto divino.
Ao longo das páginas de muitos livros didáticos, especialmente os de história, geografia e ciências, deparamo-nos com uma gama de filosofias e ideologias que ferem frontalmente a Palavra de Deus. Há autores que se aproveitam da generalidade dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais, para se posicionam abertamente a favor do sexo livre e do homossexualismo masculino e feminino, com a falsa intenção de oferecer “orientação sexual” aos alunos, em nome da inocente “pluralidade cultural”.
O homossexualismo é visto por esses autores como um comportamento normal, e muitos acreditam e ensinam que as pessoas podem nascer com determinada preferência sexual que não corresponda às suas funções anatômicas. Rejeitemos terminantemente isso! Rm 1.27; 1 Co 6.10,11; Mt 19.4,5.
Outro grande desafio para os educadores cristãos são as sutis e nefastas influências filosóficas tais como:
a) Egocentrismo. Há textos que pressionam os jovens a assimilarem a filosofia do “eu”. É a cultura do egoísmo e da soberba condenada pela Palavra de Deus (1 Pe 5.5,6).
b) Imediatismo. Crianças, adolescentes e jovens são pressionados a viver para o agora. O passado não interessa e o futuro é incerto. Ele não consegue entender as palavras “não” e “espere”.
c) Hedonismo. “Se algo dá prazer, então faça”. Crianças e adolescentes tendem a ser controlados mais por sentimentos do que por regras; eles são condicionados a dar valor às regras somente através das experiências.
d) Relativismo. O jovem é tentado a viver como se não houvesse valores absolutos. Tudo é relativo.
e) Utilitarismo. “Devemos fazer o máximo de bem para o maior número de pessoas”. “Se eu estiver fazendo o bem, é o que importa” “Se for uma causa nobre…” A máxima do utilitarismo é: “Os fins justificam os meios”.
f) Existencialismo. “O princípio central da vida é o da liberdade total.” “O homem deve construir sua própria existência.” Este modo de pensar dá uma forte ênfase a uma ética individual e a cada um fazer o que lhe parecer bem.
Além dessas filosofias, há também a promoção da falsa ciência tida como verdadeira. É o caso do evolucionismo que é ensinado nas escolas como uma ciência plenamente comprovada.
Outro desafio tão grave para os educadores cristãos quanto o anterior é a instabilidade na família incentivada pelos livros escolares. Precisamos estar alertas quanto às histórias contadas às crianças a título de ilustração.
Antes, o pai era o provedor, a mãe cuidava da casa e dos filhos. Hoje, a família pode ser formada por pai ou mãe solteiros com um ou mais filhos; pelo casal homossexual com ou sem filhos; pela mulher provedora do lar, com um filho e um marido dono de casa. O que se diz nos livros é que essas coisas são normais e que o mundo está em mutação.
Nós, educadores cristão, devemos nos preocupar com as más influências dos livros e da escola, principalmente, no que concerne à formação do caráter e a espiritualidade dos nossos jovens. Uma vez que eles passam de 4 a 8 horas por dia, seis dias na semana, na escola secular, o que fazer com o restrito período de estudos aos domingos na Escola Dominical? Este problema deve ser considerado em todos os planos de trabalho com adolescentes e jovens na igreja.
Marcos Tuler é pedagogo, escritor, mestrando em Educação e reitor da FAECAD.
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