sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

 

Quebrando o mito de que as faculdades são responsáveis pelo desvio dos jovens cristãos

"É preciso estabelecer urgentemente um diálogo franco com os jovens, ajudando-os a encarar os embates e dilemas do mundo atual"
No ano passado, o Grupo Barna divulgou uma interessante pesquisa [1] sobre os cinco mitos e realidades que levam os jovens a se afastarem das igrejas cristãs.
Os mitos apontados pela pesquisa são os seguintes: #mito 1: A maioria dos jovens perdem a fé quando deixam o ensino médio; #mito 2: Deixar a igreja é apenas uma parte natural da maturação dos jovens adultos; #mito 3: Experiências da faculdade são o fator-chave que levam as pessoas a desistirem; #mito 4: A atual geração de jovens cristãos é mais “biblicamente analfabeta; #mito 5: Os jovens irão voltar para a igreja como sempre fazem.
Por ora, gostaria de chamar a sua atenção para o #mito 3.
A realidade apontada pela pesquisa é que, embora a faculdade tenha uma grande influência na vida dos cristãos, ela não é necessariamente o motivo principal do abandono da fé, como muitos supõem. Como prova, o relatório enfatiza que muitos cristãos abandonam a fé bem antes de chegarem à faculdade, alguns inclusive antes dos dezesseis anos de idade.
Sobre este ponto, David Kinnaman, responsável pela pesquisa, diz que o problema decorre da inadequação da preparação de jovens cristãos para a vida além do grupo de jovens. Kinnaman observou que os resultados da investigação mostram que "apenas uma pequena minoria de jovens cristãos tem sido ensinada a pensar sobre questões de fé, vocação e cultura. Menos de um em cada cinco têm alguma ideia de como a Bíblia deve informar os seus interesses escolares e profissionais. E a maioria não dispõe de mentores adultos ou amizades significativas com os cristãos mais velhos, que possam guiá-los a responder perguntas que surgem durante o curso de seus estudos. Em outras palavras, o ambiente universitário não costuma causar a desconexão; apenas expõe o problema da fé-rasa de muitos jovens”.
Como se vê, a pesquisa ajuda a quebrar o velho mito de que um dos grandes fatores responsáveis pelo desvio de muitos jovens cristãos é a universidade. Ficou claro que o problema é anterior ao ingresso ao ambiente acadêmico, em decorrência da falta de preparo por parte dos jovens, tanto para conseguir responder com firmeza aos questionamentos dos fundamentos da fé, ou para fazer uma conexão entre a fé, a cultura atual e os interesses profissionais.
Esta deficiência dos jovens é ocasionada em grande pela inércia das igrejas, que quase nunca oferecem instruções e orientações básicas sobre apologética, cosmovisão cristã e vida profissional aos seus membros. Tanto é assim que outra pesquisa [2] realizada pelo Grupo Barna revelou esta lacuna. Na realidade dos Estados Unidos, apenas 38% dos pastores de jovens e 36% dos pastores titulares afirmaram discutir frequentemente os planos de faculdade com os jovens. No Brasil, acredito eu, este percentual é muito menor.
Será que não está na hora de nossos líderes estabelecerem um diálogo mais efetivo sobre estes temas com a mocidade, oferecendo instruções para que possam responder aos questionamentos da fé, com cursos específicos sobre apologética; ensinamentos que façam a conexão entre o mundo atual e a cosmovisão cristã e ofereçam conselhos sobre a vida universitária e a carreira profissional?
Não é possível que mesmo sabendo dos "bombardeios ideológicos" que os jovens cristãos recebem dentro dos centros acadêmicos, grande parte da liderança se mantenha indiferente, como se nada estivesse acontecendo.
Não. É preciso estabelecer urgentemente um diálogo franco com os jovens, ajudando-os a encarar os embates e dilemas do mundo atual, e a discernir o chamado de Deus em suas vidas, por meio de uma mensagem contextualizada do evangelho, que demonstre a relevância da mensagem bíblica para a sociedade atual.
Caso isso não ocorra, continuaremos a perder nossa juventude, infelizmente!



O fato ocorrido nos jogos Olímpicos de Seul representa categoricamente aquilo que ocorre em outra corrida: a corrida da vida. Todavia, essa carreira, diferentemente, não é medida pela velocidade, mas pela distância que percorremos. O que importa não é a agilidade e sim a maneira como procedemos o caminhar. Ao contrário da história relatada, cuja pista era sem barreiras, na corrida da vida existem não poucos obstáculos pelo caminho. Barreiras essas que às vezes nos levam ao chão como o desaparecimento de um filho, o câncer que assola um pai ou a perda de um ente. Ao cair, muitos levantam-se e prosseguem na caminhada, outros, porém, permanecem inertes.
Na corrida da vida todos querem ser vencedores: o primeiro da turma da escola; o melhor no trabalho; o rapaz rico e o craque do esporte são apenas alguns dos exemplos. Assim, para obterem tais “títulos”, alguns trapaceiam. Utilizam-se desde a simples “cola” no colégio até o furto no trabalho, desde passarem “por cima” do companheiro de serviço até a fraude no esporte. Subterfúgios esses utilizados com o fim exclusivo de chegarem ao primeiro lugar e então serem considerados como os vencedores. 

No geral as pessoas querem vencer. Pretendem obter sucesso e demonstrar isso para a suas famílias, seus amigos e para a sociedade em geral. Ninguém deseja ser um perdedor, ou o “desajeitado” da turma. Por essas e outras que cursos e palestras do tipo “Alcance o sucesso” estão aí sendo ministradas aos montes e lotando os auditórios. Nesses eventos são ensinadas técnicas de auto-ajuda, auto-estima e dicas de como a pessoa deve fazer para se dar bem na vida.

Equívocos

Biblicamente, tanto um quanto outro estão completamente equivocados; ou melhor, tanto a trapaça quanto as técnicas de autoajuda não fazem do indivíduo um verdadeiro vencedor na corrida da vida. Não é a fraude, tampouco as receitas do sucesso ingredientes para a plena vitória. Por que? Vejamos.

A resposta está, primeiramente, na forma como encaramos a nossa corrida. Se acreditarmos que a pista que percorremos possui somente alguns metros de distância, cuja chegada está bem ali, no final da nossa passageira existência, poderíamos, então, ter como certo, que o subterfúgio da trapaça seria a melhor opção para sermos os vencedores. Entretanto, a pista da nossa corrida é bem mais distante que qualquer maratona olímpica. Nosso tempo de existência é somente a largada de uma eternidade que nos aguarda, cujo final pode ser bom ou ruim. E quanto àqueles que trapacearam, serão pegos no maior de todos os exames: o exame de Deus da consciência do homem. Assim, os que começaram bem, terminarão mal. Os que pensavam serem os vencedores, serão, na realidade, os perdedores.

Os verdadeiros vencedores

Afirmei que a corrida é longa e que está repleta de obstáculos. Assim, as dicas de autoajuda para o sucesso e as receitas de vitória não têm valor algum diante das barreiras da vida. A tristeza, a solidão, a depressão ou a amargura que abate o ser humano não desaparecem somente com o fato de seguirmos as ideias dos palestrantes do sucesso, que no geral enfatizam o poder do homem com base no “você pode” ou “você faz”.
Na corrida da vida precisamos de um apoio extra. De Alguém, que não nós mesmos, para nos auxiliar a “pular” os obstáculos dessa carreira. E a única pessoa capaz de fazer isso chama-se JESUS! Ele, além de nos ajudar a passar pelas dificuldades, leva-nos ainda para a melhor fase da corrida: a eternidade.

Deus tem pleno controle sobre todas as circunstâncias. Todas as situações em que nos envolvemos estão sob o controle dEle. Ele é soberano e tem a melhor dica de como a pessoa pode se dar bem na vida: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” (Mat. 11:28).

O verdadeiro vencedor é aquele que, apesar das dificuldades, consegue, com a ajuda de Cristo, passar por todos os obstáculos, sem com isso renunciar a dignidade. É aquele que, mesmo na adversidade, prossegue avante, pois com Cristo nossa caminhada adquire novas proporções. Passamos a compreender que é pela forma de caminhar que se torna um verdadeiro vencedor.

Paulo expôs a diferença entre o atleta comum e um atleta cristão: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar um coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não batendo no ar” (I Cor. 9:24-26).
Assim, o verdadeiro vencedor não é aquele que obtém uma vitória passageira, mas sim aquele que conquista a vitória eterna.
Fonte:CPAD NEWS

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